Livro, que faz um longo elogio ao trabalho em grupo, trata de uma compreensão da sociedade como uma ecologia: cada fator modifica o todo e vice-versa. É destinado a professores, pesquisadores em estética, arte, performance, novas tecnologias. Estudantes de artes, comunicação. A sociedade em geral. Veja, a seguir, uma entrevista com a autora acerca da obra. Quem é Maria Beatriz Medeiros? Maria Beatriz Medeiros: Professora na Universidade de Brasília, fez seu doutorado na Universidade Paris 1-Sorbonne, França, seu pós-doutorado no Colégio Internacional de Filosofia em Paris. Atualmente é coordenadora da Pós-graduação em arte da UnB. Coordena o grupo de pesquisa Corpos Informáticos desde 1992. Este realizou diversas exposições, videoartes, videoinstalações, em todo o Brasil e em diversos lugares no mundo. Sua pesquisa atual refere-se a performance em telepresença (arte via videoconferência), web-arte (arte na rede mundial de computadores: www.corpos.org), e instalações) De onde surgiu o tema do livro? O tema do livro é fruto de reflexões realizada durante o pós-doutorado em Filosofia e de diversas pesquisas teóricas sobre Arte, sobre arte contemporânea e sobre arte e tecnologia. Tudo isso modificando a sociedade e, consequentemente, fazendo necessário modificações na educação atual. Porque a escolha do título Aisthesis? Aisthesis quer dizer estética, mas com o sentido grego do termo: tudo aquilo que toca o sentir, o sensível; aquilo que é impossível – incompossível- dizer. Qual a mensagem que o livro quer passar e para quem é destinado? Há necessidade de repensarmos nosso conceito de arte. As mudanças sofridas pela sociedade devido à presença das novas tecnologias faz necessário repensar a educação, a educação artística. O livro faz um longo elogio ao trabalho em grupo. Trata-se de uma compreensão da sociedade como uma ecologia: cada fator modifica o todo e vice-versa. É destinado a professores, pesquisadores em estética, arte, performance, novas tecnologias. Estudantes de artes, comunicação. A sociedade em geral. Que contribuição trará para os estudos e estudiosos da arte? Toda reflexão leva a debates. O livro certamente será polêmico, pois apresenta uma visão da arte mais humana, deleuziana, e questiona a presença da invasão tecnológica que sofremos hoje. Trata se de uma visão crítica da tecnologia, mas uma crítica construtiva. Qual a relação existente entre arte, estética e filosofia? A estética é uma parte da filosofia que pensa a arte, o sensível. Por pensar o sensível ela pensa, de fato, também a ética e a razão. Partindo do pressuposto deste livro “reflexões sobre arte e estética”, como você definiria a arte? No livro, levei quase oitenta páginas para responder a esta questão. Questão sem a qual não poderia tecer as outras reflexões seguintes: educação estética da comunidade, arte e novas tecnologias, performance em telepresença. Que convite o livro faz ao leitor? Um maior engajamento social do artista frente à sociedade, pode ser uma das respostas. Estimulo à pesquisa em arte também. |