Esta semana convidamos Maria Beatriz de Medeiros para falarmos sobre a sua obra “Aisthesis: estética, educação e comunidades”. Veja, a seguir, a entrevista com a autora acerca da obra. Sem a dor não expressaríamos nossos sentimentos, e o nosso sofrimento é o combustível da criação. Como a arte te influenciou na criação desse livro? Não tenho certeza sobre a primeira afirmativa: “Sem a dor não expressaríamos nossos sentimentos.” A alegria, por exemplo, é uma expressão de sentimento que prescinde da dor. A arte tem sido, desde sempre, meu meio de expressão em busca de integração, sensibilização, pensamento e outras criações, sejam elas de cunho artístico, social ou político. Quais são suas áreas de atuação profissional? Sou artista, professora (doutora e pós-doutora). Atuo nas áreas de artes visuais, artes cênicas e filosofia. Realizo composições urbanas, performances – que também chamamos “fuleragem” –, videoarte, webarte. Quais foram seus objetivos ao escrever o livro, e como você espera que os leitores captem a essência dele? O objetivo é levar conhecimento e sensibilização, compreensão e afeto, algum saber e poesia. Você já produziu outros trabalhos com essa temática ou afins? Sim. Publiquei 4 livros, organizei 2 catálogos, organizei 7 livros todos vinculados à arte, performance, filosofia e política. Público, também, com meu grupo – Corpos Informáticos – o maior site de performance realizado a partir do Brasil: www.performancecorpopolitica.net. Qual a contribuição que o livro traz para as pessoas e para a complexa sociedade em que vivemos? Uma melhor compreensão sobre o conceito de arte, sobre o papel da arte na sociedade. Papel este que vem sendo cada vez menos compreendido em tempos de retrocesso. Por que você foi inicialmente atraída por esse assunto? Aos 13 anos tive certeza de que queria ser artista ao fazer um desenho que me deu imenso prazer. Aos 16, visto a atração que sempre exercia sobre crianças, sabia que seria professora. A vida foi confirmando estas certezas pueris. |