A obra “Formação humana na sociedade do espetáculo”, lançamento da Argos em parceria com a Editora da Unesc, esclarece uma ideia de cruzamento entre os aspectos fundamentais da educação e a sociedade do espetáculo, apresentada por Guy Debord, a retratar o episódio de maio de 1968. A obra está dividida em três partes temáticas. A primeira parte do livro, intitulada “‘Não nos prendamos ao espetáculo da contestação, mas passemos à contestação do espetáculo’: Guy Debord, maio de 68 e a sociedade do espetáculo”, propõe-se a discussão sobre o lugar da figura de Debord no contexto de maio de 1968, bem como, o legado e a atualidade do livro “A sociedade do espetáculo” (1967) passados cinquenta anos desde sua publicação. A segunda parte, “‘A ação não deve ser uma reação, mas uma criação’: Educação, mercadoria e heróis espetaculares”, busca investigar a potência crítica da educação e o que significa falar em formação humana quando ela se inferioriza à crescente espetacularização e mercantilização dos espaços e processos educativos e formativos. A terceira e última parte, “‘Corram, camaradas, o velho mundo está atrás de vocês’: Espetáculo, literatura, bem-estar e morte”, aborda a relação entre os estudos literários e a sociedade da imagem e do espetáculo, passando também por uma “teoria da burrice” e por reflexões acerca da didática da história. Organizada pelos docentes André Cechinel e Rafael Rodrigo Mueller, esta obra tem como objetivo central questionar a “formação humana” com base nos principais fundamentos da nossa educação e os modelos culturais e formativos impostos sob ares pseudodemocráticos, motivando o leitor a sair de sua zona de conforto.
Sobre os organizadores André Cechinel: doutor em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Atua nas seguintes áreas de pesquisa: Educação e ensino de literatura, Literaturas estrangeiras modernas, Teoria literária e literatura comparada. Além de outras obras, é autor do estudo “O referente errante: The Waste Land e sua máquina de teses” (Argos; Ediunesc, 2018), sobre o poema de T.S. Eliot. Rafael Rodrigo Mueller: mestre e doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGE/UFSC) e professor dos Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Atua principalmente nos seguintes campos de estudo: Trabalho, Tecnologia e Educação (TTE); Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS); e Estudos Organizacionais e Críticos. |