No dia 28 de março é comemorado o Dia do Diagramador, profissional responsável por organizar e ordenar os elementos gráficos em um material que vai ser impresso, por exemplo, uma página de um livro, ou que fique no suporte on-line. A data também celebra o Dia do Revisor, peça fundamental na elaboração de um livro ou de qualquer outra publicação que envolva construção textual. Pensando nos profissionais que desempenham o papel de revisor e de diagramador, olhamos ao nosso redor, pessoas que estão sempre conosco e merecem ser reconhecidas pelo trabalho que vêm fazendo na Argos Editora da Unochapecó, tanto na diagramação, quanto na revisão. Pedimos a eles que contassem um pouco sobre sua carreira, trajetória, desafios e experiências acerca da profissão:
“Iniciei na Argos em 2009, durante o curso de Publicidade e Propaganda, desde então não consegui mais me separar dos livros e do grandioso e gratificante trabalho que é editorar uma obra. Assim que assumi o cargo de assistente editorial, que é dominado pelos homens no mercado de trabalho, senti um misto de medo e paixão pela área que é muito concorrida e pela responsabilidade de trabalhar com autores renomados e suas obras. O processo editorial é complexo, a criação do projeto gráfico e da capa precisa ser cuidadosa e ter uma ligação com a identidade da obra e do autor. Além disso, precisamos, diariamente, pesquisar e ler sobre as novidades do mercado editorial, métodos de impressão, acabamento, cor, fonte, dispositivo de leitura e demais novidades. O mercado é vivo e cresce a cada dia.” Caroline Kirschner, assistente editorial da Argos.
“Trabalho com revisão de textos desde 2004 e na Argos desde 2010. O trabalho é desafiador, tendo em vista os problemas diários que temos de resolver. A função de revisor exige mais do que apenas ‘ler’ um texto, é preciso observar o estilo do autor para interferir o menos possível no material, ou seja, alterar apenas o necessário. Por esse motivo, a revisão de texto pode ser considerada como uma profissão invisível, já que o trabalho do revisor é refinar ou ajustar certos aspectos no texto sem transparecer essas interferências. Assim, há negociações com os autores para chegarmos a um consenso sobre padrões e alterações possíveis de serem feitos. Além disso, precisamos, diariamente, pesquisar gramáticas e dicionários em busca da solução de dúvidas gerais da Língua Portuguesa e de termos técnico-científicos nos textos. Porém, essa pesquisa nos agrega em aquisição do saber, tanto da própria língua, quanto das mais diversas áreas do conhecimento.” Carlos Pace Dori, editor de textos da Argos.
“Iniciei como revisora de textos na Editora Argos há quase quatro anos. Com certo grau de insegurança, pois estava terminando minha graduação em Ciência da Computação. Porém, o gosto e o amor pela Língua Portuguesa fizeram com que eu me apaixonasse cada vez mais por essa área tão desafiadora e até então não conhecida por mim. O dia a dia de um revisor de textos é intenso: além de um amplo conhecimento acerca da Língua Portuguesa, o revisor precisa estar atento e ser curioso, porque no processo de revisão surgem muitas dúvidas que precisam ser sanadas. Deve-se pesquisar tudo! Nas palavras de Luís Fernando Veríssimo: ‘O revisor é a pessoa mais importante na vida de quem escreve. Ele tem o poder de vida ou de morte profissional sobre o autor.’ Mas mesmo sendo uma área que necessita extrema responsabilidade e atenção, é encantadora: todos os dias aprende-se algo novo. E não há nada mais elegante que ler um texto bem escrito.” Emanuelle Pilger Mittmann, revisora de textos da Argos. |