Postado em 13 de Junho de 2016 às 16h24

Maria Beatriz Medeiros

Voz do Autor (36)
Livro, que faz um longo elogio ao trabalho em grupo, trata de uma compreensão da sociedade como uma ecologia: cada fator modifica o todo e vice-versa. É destinado a professores, pesquisadores em estética, arte, performance, novas tecnologias. Estudantes de artes, comunicação. A sociedade em geral.

Veja, a seguir, uma entrevista com a autora acerca da obra.

Quem é Maria Beatriz Medeiros?
Maria Beatriz Medeiros: Professora na Universidade de Brasília, fez seu doutorado na Universidade Paris 1-Sorbonne, França, seu pós-doutorado no Colégio Internacional de Filosofia em Paris. Atualmente é coordenadora da Pós-graduação em arte da UnB. Coordena o grupo de pesquisa Corpos Informáticos desde 1992. Este realizou diversas exposições, videoartes, videoinstalações, em todo o Brasil e em diversos lugares no mundo. Sua pesquisa atual refere-se a performance em telepresença (arte via videoconferência), web-arte (arte na rede mundial de computadores: www.corpos.org), e instalações)

De onde surgiu o tema do livro?
O tema do livro é fruto de reflexões realizada durante o pós-doutorado em Filosofia e de diversas pesquisas teóricas sobre Arte, sobre arte contemporânea e sobre arte e tecnologia. Tudo isso modificando a sociedade e, consequentemente, fazendo necessário modificações na educação atual.

Porque a escolha do título Aisthesis?
Aisthesis quer dizer estética, mas com o sentido grego do termo: tudo aquilo que toca o sentir, o sensível; aquilo que é impossível – incompossível- dizer.

Qual a mensagem que o livro quer passar e para quem é destinado?
Há necessidade de repensarmos nosso conceito de arte. As mudanças sofridas pela sociedade devido à presença das novas tecnologias faz necessário repensar a educação, a educação artística. O livro faz um longo elogio ao trabalho em grupo. Trata-se de uma compreensão da sociedade como uma ecologia: cada fator modifica o todo e vice-versa. É destinado a professores, pesquisadores em estética, arte, performance, novas tecnologias. Estudantes de artes, comunicação. A sociedade em geral.

Que contribuição trará para os estudos e estudiosos da arte?
Toda reflexão leva a debates. O livro certamente será polêmico, pois apresenta uma visão da arte mais humana, deleuziana, e questiona a presença da invasão tecnológica que sofremos hoje. Trata se de uma visão crítica da tecnologia, mas uma crítica construtiva.

Qual a relação existente entre arte, estética e filosofia?
A estética é uma parte da filosofia que pensa a arte, o sensível. Por pensar o sensível ela pensa, de fato, também a ética e a razão.

Partindo do pressuposto deste livro “reflexões sobre arte e estética”, como você definiria a arte?
No livro, levei quase oitenta páginas para responder a esta questão. Questão sem a qual não poderia tecer as outras reflexões seguintes: educação estética da comunidade, arte e novas tecnologias, performance em telepresença.

Que convite o livro faz ao leitor?
Um maior engajamento social do artista frente à sociedade, pode ser uma das respostas. Estimulo à pesquisa em arte também.

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